Cão ficou nacionalmente conhecido após ter as pernas traseiras decepadas em Confins, na Grande BH, há quatro anos símbolo da lei que endureceu as penas para o crime de maus-tratos contra os animais, o cão Sansão morreu nesta quarta-feira (11 de dezembro). A informação foi divulgada pela página criada para homenagear a história do animal, que teve as pernas traseiras decepadas por um homem em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em julho de 2020.
Conforme a publicação, o cão morreu de forma súbita na tarde desta quarta. “Pela manhã, ele estava com aquele olhar carinhoso que todos conhecemos e amamos. Durante um passeio para fazer xixi, ele começou a passar mal e, infelizmente, nos deixou repentinamente”, diz trecho da mensagem.
A publicação também ressalta a importância da história de Sansão como um marco na luta pelos direitos dos animais. “A vida dele nunca será esquecida. Ele não apenas superou momentos de dor e adversidade, mas também inspirou mudanças importantes no Brasil”, afirmou.
Marco na luta pelos direitos dos animais
Sansão deu nome à Lei 14.064, de autoria do deputado federal Fred Costa (PRD) e aprovada em setembro de 2020. O texto endureceu as penas para quem praticasse violência contra cães e gatos.
A partir da lei, a pena para maus-tratos contra cães e gatos aumentou de 3 meses a 1 ano de detenção (que podia ser cumprida em regime aberto ou semiaberto) para de 2 a 5 anos de reclusão (em regime fechado), além de multa e perda da guarda do animal. Caso o crime resulte em morte, a pena pode ser aumentada em até 1/3. Antes, os crimes eram considerados de menor potencial ofensivo.
Criador da Lei Sansão, o deputado federal Fred Costa (PRD) pontua que a legislação foi o “maior avanço na luta pelo bem-estar animal”. “A lei é uma quebra de paradigma entre impunidade e lei exemplar para bandido covarde que comete crime contra animais. Antes, não havia a possibilidade de ser preso em flagrante, e agora só tem a opção de responder em liberdade por audiência de custódia”, afirma.