Minas Gerais enfrenta a pior crise envolvendo incêndios florestais desde o início da série histórica do corpo de bombeiros em 2015. Até essa terça-feira (17), foram 24 mil ocorrências atendidas pela corporação desde o início do ano. Até então, o ano mais crítico em número de incêndios em vegetação foi 2021, com quase 22 mil casos atendidos até o fim de setembro.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Henrique Barcelos, cita os fenômenos climáticos extremos como um dos motivos que levam ao cenário grave: “A gente sabe que vivemos um cenário crítico com registros alarmantes. Já superamos anos críticos como o caso de 2021, principalmente, em quantidade de chamados ainda no mês de setembro em relação a todo ano de 2021, que já foi um ano muito desafiador”, disse.
Além do Corpo de Bombeiros, brigadistas e voluntários atuam no combate aos incêndios. A Associação Mineira de Defesa do Ambiente, por exemplo, possui 350 brigadistas profissionais que também fazem esse trabalho.
O coordenador de brigadas da associação, Fábio Líbano, fala sobre o momento de exaustão, após meses de combate em um ano delicado. “Enfrentávamos um ano com uma seca que há muito tempo não víamos. Isso dificulta muito trabalho. A vegetação se encontra muito seca, temperatura elevadíssima e umidade do ar muito baixa. Isso facilita muito para que o incêndio se propague com velocidade. As chamas chegam aí a 5, 6 m de altura, atingindo a copa das árvores” explico.
Trinta e sete por cento dos incêndios em vegetação atendidos pelos bombeiros em Minas ocorreram em agosto, com mais de 6.000 casos. Agora, em setembro, que nem chegou ao fim, e já está perto dos 4.000 registros.
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